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System of a Down, caos e ofertas que vendem com a alma
BoitãoNews - Edição #012
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🎸 A Catarse do Caos

Eu fui no show do System of a Down.
Era quinta-feira, 08 de maio, no Engenhão — mas poderia muito bem ter sido um templo tribal do século 21. Aquilo não era só um evento. Era um ritual.
Não foi o melhor show que fui nos últimos anos. Também não foi o mais técnico. Mas foi o mais visceral.
O estádio estava lotado de um jeito que nem o Red Hot conseguiu lotar no ano anterior. E olha que o RHCP é mais radiofônico, mais “comercial”, mais universal. O SOAD, não. O SOAD é o caos. É a dissonância. É o grito desafinado com propósito. E, ainda assim, — ou talvez justamente por isso — ali estavam dezenas de milhares de pessoas, unidas por um som que, em tese, não era feito pra ser popular.
Mas era.
E essa contradição me acertou como um riff na cara.
O som das vozes da plateia, em vários momentos, abafava o do banda. Era uma multidão gritando em uníssono letras que nenhum algoritmo do Spotify colocaria na sua playlist de “Descobertas da Semana”.
Letras que falam de guerra, opressão, desumanidade e dor — embaladas por guitarras cortantes, viradas caóticas de bateria e a voz esquizofrênica do Serj alternando entre sussurros e gritos.
Aquele estádio não estava ali só por nostalgia. Estava ali por pertencimento. Porque o que o SOAD oferece não é um show. É uma catarse. É uma permissão coletiva pra sentir tudo que foi reprimido nos últimos anos: o incômodo, o esquisito, o fora do padrão.
E aí, no meio daquele mar de fogo, mosh e grito… eu pensei:
“Será que a minha oferta faz alguém se sentir assim?”
Porque no fim do dia, toda oferta é uma música.
Toda campanha é uma tentativa de formar plateia.
E todo funil — se for bom mesmo — tem que soar como um palco que vibra junto com o lead.
🔥 A Autenticidade Como Risco Estratégico

O System of a Down nunca foi uma banda “fácil”.
Nem pra ouvir. Nem pra vender. Nem pra entender.
Eles não foram criados em laboratório. Não fizeram pesquisa de persona. Não “validaram demanda” antes de lançar Toxicity. Eles só fizeram. Com sangue, com caos, com verdade. E pagaram o preço por isso.
Aliás — a autenticidade sempre cobra um preço.
É mais fácil soar como o que já funciona. Modelar um hook, adaptar uma promessa, encaixar um claim dentro da fórmula do momento. Dá menos trabalho. Dá mais previsibilidade. E, sejamos sinceros, às vezes até dá dinheiro.
Mas nunca dá culto.
Porque você não constrói uma legião sendo genérico. Você constrói uma legião sendo inconfundível.
A autenticidade no mercado de direct response funciona como um tipo específico de risco. Um risco que não se mede em CPA — se mede em coragem. Porque ser autêntico é dizer pro lead:
“Talvez você não entenda. Talvez você não goste. Mas essa porra aqui é real.”
E sabe o que acontece quando você tem coragem de bancar isso?
Você repele quem não é pra ficar — e atrai com força absurda quem sempre esteve procurando exatamente aquilo.
A copy perfeita pode converter.
Mas a copy imperfeita, escrita com verdade, pode converter e fidelizar.
Pode converter e emocionar.
Pode converter e deixar o lead puto por não ter encontrado você antes.
Olha pra tua VSL. Olha pra tua headline. Olha pro teu criativo.
Eles são funcionais… ou são vivos?
Eles vendem… ou criam fãs?
Tem uma diferença brutal entre fazer uma campanha pra escalar e fazer uma campanha pra ecoar.
E quem trabalha com tráfego sabe: escalar pode ser perigoso. Mas nada é mais instável do que escalar sem alma.
No palco do Engenhão, o SOAD tocou "Aerials", uma das músicas mais melódicas e doloridas deles. Quando o Serj canta “we are the ones that want to choose / always want to play but you never want to lose”, o estádio inteiro tremeu. Não por afinação. Mas porque todo mundo sentiu.
É isso que a autenticidade faz.
Ela não agrada o algoritmo.
Ela não obedece a planilha.
Ela não escala “no volume”.
Mas ela gruda na alma.
E isso, meu cumpádi, nenhum CPM compra.
⚙️ O Caos Organizado da Sua Oferta

O System of a Down é o caos.
Mas não o caos por acaso.
É o caos organizado — onde cada distorção tem direção, cada virada de bateria tem propósito, cada grito tem um porquê.
Parece aleatório, mas não é. É arquitetura. É estrutura disfarçada de insanidade.
E é exatamente assim que funciona uma oferta bem construída.
Porque, cá entre nós, qualquer um consegue fazer barulho.
Mas criar dissonância que mexe com o lead, que puxa ele pela camisa no feed, que faz ele parar e dizer “caralho, é isso que eu precisava ouvir” — isso é pra poucos.
Uma boa oferta, assim como uma boa banda, tem que soar como um organismo vivo.
Se a VSL é o vocal, a copy é a letra, o tráfego é a guitarra, o pitch é a bateria.
O criativo é o riff de abertura. A headline é o primeiro acorde.
A página de vendas é a base que segura a harmonia.
A recuperação é o encore.
E quando tudo entra no tempo certo…
Puta que pariu.
Não tem guru, não tem algoritmo, não tem nova regra da Meta que segure.
Você sente no peito que a porra da engrenagem girou.
Mas quando a harmonia quebra — quando o vídeo grita uma coisa e o botão vende outra, quando a copy é agressiva e o expert parece um boneco genérico, quando o lead clica e se sente enganado…
A banda desafina.
O show acaba.
O lead vaza.
Já falei isso na Edição #003 e repito com ainda mais convicção agora:
Toda oferta é como um show de rock.
Você pode até ter uma música boa.
Mas se o palco for frágil, se a banda não estiver entrosada, se o som não estiver ajustado…
O público não canta.
O público não compartilha.
O público não volta.
E pior: começa a falar mal no grupo do WhatsApp.
E aí? Como tá o som da tua operação hoje?
É sinfonia… ou ruído?
Porque o caos, meu irmão…
O caos pode ser lindo.
Mas só quando tem pulso, intenção e entrega.
🎭 Entre o Cover Seguro e o Som Inconfundível

Todo mercado tem seus covers.
Aquela galera que estuda a estrutura, copia o hook, adapta o claim, troca o nome do mecanismo e sobe pro palco com a pose de quem inventou o som.
E ok… às vezes funciona.
O público desavisado canta junto. O algoritmo entrega. O CPA bate.
Mas me responde uma coisa, na moral:
Quantas bandas cover você já viu lotar um estádio?
Agora me diz:
Quantas ofertas você conhece que até bateram um milhão... mas ninguém lembra o nome?
É isso.
O cover fatura.
Mas não constrói culto.
Não forma tribo.
Não vira camiseta.
O System of a Down, por outro lado, não fez cover.
Eles são o próprio gênero.
O próprio tom.
O próprio glitch.
Serj não tem “voz bonita” no padrão clássico.
As letras são estranhas.
As transições entre estrofe e refrão parecem acidentes de carro.
Mas ninguém ousa dizer que é “mais do mesmo”.
Porque não é.
E é isso que falta em muita oferta hoje:
A coragem de ser inconfundível.
Tem player que escala bem.
Mas vive com medo de parecer estranho demais, técnico demais, agressivo demais, sensível demais.
E aí vira uma versão meio genérica de tudo que já deu certo antes.
Só que o lead sente.
Sente quando o som é de verdade — e quando é playback.
Sente quando o expert tá transmitindo algo que viveu — e quando tá só interpretando um personagem ensaiado com legenda em Arial 16.
E mais: o algoritmo também sente.
A nova lógica do Meta, como eu já mostrei na Edição #010, não entrega mais pra quem acerta a segmentação — entrega pra quem acerta o tom do criativo.
O criativo é o novo palco.
E se o lead sentir que a música é copiada, o clique até vem — mas a conversão morre.
Nassim Taleb disse:
Ser incompreendido por muitos é o preço de ser relevante para poucos que importam.
No jogo das ofertas, isso se traduz assim:
Ser ignorado por quem não é teu público é o preço de ser cultuado por quem nunca vai esquecer teu nome.
Então...
Você quer ser um hit de verão?
Ou um hino que o cara ouve 20 anos depois e ainda sente o coração bater diferente?
🩸 O Chamado à Criação com Sangue

Se tem uma coisa que o System of a Down ensina — na porrada — é que a verdade não precisa de verniz.
Eles não são a banda mais técnica. Nem a mais melodiosa.
Mas cada riff, cada grito, cada pausa torta que eles fazem tem uma coisa que não dá pra comprar com consultoria: sangue.
E é disso que tua oferta precisa.
Não de mais um swipe file.
Não de mais um “segredo da VSL oculta do guru tailandês.”
Mas de sangue.
De vivência.
De convicção.
De um incômodo que você não conseguiu calar — e virou headline.
A fórmula funciona? Funciona.
Mas se você tá lendo isso, é porque já entendeu: fórmula sem alma vira código morto.
Você pode rodar anúncio, ter ROI positivo, escalar por 3 meses...
Mas se tua oferta não carrega tua porra da voz — uma hora o lead vai parar de ouvir.
Porque o mercado tá lotado de sons bonitos.
Mas quase nenhum tem reverberação emocional.
E o que reverbera…
É o que sangra.
É o que desafina.
É o que não pede desculpa por ser estranho.
A melhor campanha que você vai lançar não vai nascer no Notion.
Vai nascer naquele dia em que você quase desistiu.
Naquele insight que veio no banho, entre o burnout e o boleto.
Naquela madrugada em que você pensou: “foda-se, eu vou fazer do meu jeito.”
Esse é o som que vende.
O som que não precisa de pitch — porque o lead sente.
O som que transforma criativo em culto.
Campanha em catarse.
Copy em clã.
Você já tem as cicatrizes.
Já andou pelo inferno e voltou com um case real nas costas.
Agora só falta fazer o que o SOAD fez:
Botar tudo isso pra fora, sem pedir permissão.
Porque quando a dor vira som...
Quando a experiência vira copy...
Quando a tua história vira o motor da porra da máquina…
Não tem CTR que segure. Tem eco.
E esse eco…
É o que constrói legado.
-Boitão.
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