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Quando o Medo da Mudança é Menor que o Desejo de Viver

BoitãoNews - Edição #001

Se tem uma coisa que aprendi mudando de casa, cidade e vida dezenas de vezes é que o medo da mudança é sempre maior que a mudança em si. Foi assim quando troquei a toga pela landing page, o processo pelo pixel, e a OAB pelo ROI.

Mas antes de te contar como pulei de cabeça no marketing digital (e por que foi a decisão mais óbvia da minha vida), preciso te explicar por que eu era o advogado mais frustrado que você já conheceu.

O Advogado Que Não Queria Ser Advogado

Imagina só: formado com mérito acadêmico, aprovado na OAB no nono período, experiência em várias áreas do direito – do militar ao trabalhista, do civil ao administrativo. Servidor público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo por 2 anos. Sociedade com um dos melhores professores que tive na Faculdade…

Aos olhos dos outros, uma baita carreira sendo construída.

Só tinha um pequeno detalhe: eu odiava cada segundo daquilo.

Colando grau antecipadamente em sala de aula - 2011

Não me entenda mal. Eu amava (e ainda amo) o Direito. O que eu não suportava era a advocacia em si. A formalidade exacerbada, aquela pseudo-hierarquia ridícula entre advogados, juízes e promotores – todo mundo querendo provar que mija mais longe, que sabe mais, que conhece palavras mais rebuscadas pra dizer o óbvio.

E a demora dos processos? Já pensou ter que aguardar uma década pra ter seu problema resolvido na justiça? Pois é, isso no Brasil é absolutamente comum. Eu sou ansioso pra cacete, sofria juntamente com meus clientes.

A cereja do bolo é a seguinte: A OAB é engessada e tenta fazer o mesmo com quem ousa se destacar na multidão.

Um simples anúncio, do mais white possível, em uma revista de bairro, me rendeu um processo administrativo disciplinar. Meu pecado? Divulgar meu trabalho pra alimentar minha família.

A procrastinação e a angústia se tornaram minhas companheiras diárias. Todo processo novo que chegava era mais motivo de ansiedade. Cada prazo era uma nova dose de estresse.

O cara criativo e dinâmico que eu sempre fui, simplesmente se apagou aos poucos, desapareceu entre a montanha de processos e a pilha de papéis.

O Momento do "Foda-se"

Foi aí que entre uma partida e outra de Call of Duty - Warzone, um amigo advogado (também inconformado) começou a comentar sobre seus resultados como copywriter no mercado de nutra. O cara tava fazendo uma grana absurda e queria abrir a própria operação.

Minha reação? "Quero entrar nessa porra contigo pra ontem! No que eu posso ajudar?"

Nota importante: não tínhamos NADA definido. Nem nicho, nem oferta, nem produto. NADA.

Mas uma coisa eu entendi rapidamente: toda operação de marketing digital precisa de contingência. Quando você decide anunciar no Facebook, uma coisa é certa: cedo ou tarde a sua conta vai cair!

Então, enquanto meu amigo planejava as estratégias maiores, eu mergulhei de cabeça no trabalho mais básico e aparentemente idiota: aquecer perfis, fanpages, BMs, criar pixels e etc.

Comecei aquecendo 70 perfis no Facebook. Parece chato? É. Mas foi ali que aprendi algo crucial: o básico é o alicerce de qualquer operação de sucesso.

Quando você domina os fundamentos – como contingência e aquecimento de contas – fica muito mais fácil lidar com crises futuras. Ah, e sim, perdi 11 desses perfis logo na primeira semana. Mas essa é uma história para outra edição. 😉

A Escalada Que Ninguém Vê

Do aquecimento de perfis, pulei pro tráfego no Facebook. De lá, fui pro Taboola, Outbrain, MGID. Comecei a desenvolver as headlines e pré-VSLs que escalaram até a lua em native ads e me apaixonei perdidamente pela escrita persuasiva novamente.

Consegui aplicar no direct response, a parte que eu mais gostava da advocacia: a escrita! Desenvolver petições fudidamente bem fundamentadas e altamente persuasivas.

A cada novo desafio, mais aprendizado. A cada novo problema, mais experiência. Em pouco tempo, eu estava envolvido em cada detalhe do processo: da pesquisa ao desenvolvimento, da revisão aos testes, dos splits aos ajustes infinitos.

E o mais importante: fiz tudo isso sem abrir mão do que realmente importa. Junto com minha esposa, tomamos uma decisão inegociável: jamais terceirizar a criação dos nossos filhos.

Enquanto escalava a operação e aprendia sobre tráfego, copy e gestão, também dava banho, levava e buscava na escola, fazia as refeições em família e participava ativamente de cada momento precioso do crescimento das crianças.

Isso aqui faz TUDO valer a pena!

Não foi fácil. Mas provei que é possível construir um negócio sólido do home office sem sacrificar a família no processo. Na verdade, foi justamente por eles e com eles que consegui manter o foco e a determinação necessários.

O resultado? Mais de 15 milhões em faturamento em uma empresa que se manteve em crescimento, mesmo nos momentos de crise.

Mas não pense que foi só sucesso. Tomei decisões brilhantes e outras catastróficas. Participei da construção de ofertas que escalaram com força e de outras que floparam de forma dolorosa.

As Lições Que Ninguém Te Conta

  1. Comece pelo básico, mas entenda o todo. Aqueles 70 perfis que aqueci? Me ensinaram mais sobre as entranhas do marketing digital do que qualquer curso poderia ensinar.

  2. A oportunidade real nem sempre é óbvia, às vezes está escondida no trabalho mais "básico" e "chato". É ali que você aprende os fundamentos que vão sustentar todo o resto.

  3. Versatilidade é poder. Entender cada parte da operação – do tráfego à copy, da contingência à otimização – me permitiu tomar decisões mais inteligentes e ver oportunidades que outros não viam. Conhecimento e experiência nunca são desperdiçados, se conectam e formam algo poderoso!

  4. O medo da mudança é seu pior inimigo Se eu tivesse deixado o medo me paralisar, ainda estaria procrastinando com processos e morrendo de angústia todos os dias.

  5. Entenda o que é inegociável pra você e sua família e haja de acordo com essa decisão. Chorão já dizia: “cada escolha, uma renúncia”. Do que você está disposto a renunciar?

  6. Aprenda sobre gestão de pessoas, de negócios e, principalmente, de tempo. Neste mercado tempo e timing são coisas valiosíssimas e, com inteligência, você aprende bem a diferenciar e a manipular os dois ao seu favor.

E sabe o que é mais louco?

Na próxima newsletter, vou te contar como uma decisão aparentemente idiota nos levou a criar a oferta mais lucrativa que já fizemos – mais de 10 milhões em um nicho que NINGUÉM tinha conseguido escalar antes.

Quer saber como transformamos um erro em um império? Não perca a próxima edição. Ela sairá na próxima terça-feira ao meio-dia.

Para não perder nenhum detalhe dessa história (e aprender como evitar as merdas que eu já fiz), se inscreva agora mesmo.

PS: Sim, ainda faço registro de marcas no INPI para alguns clientes. Por quê? Porque algumas paixões são eternas – só precisam ser adaptadas ao nosso novo capítulo da vida. Afinal, quem disse que você precisa abandonar tudo para mudar?

Evoluindo comigo 💡

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