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Pré-VSLs funcionam. Mas quase ninguém sabe por quê.
BoitãoNews - Edição #016
🎬 O Funil que Engana

Você já viveu essa porra?
A copy tá boa. O criativo tá com CTR bonito. A VSL segura o cara até o final. O checkout é enxuto, rápido, elegante. As pessoas chegam lá. Mas aí... silêncio.
A venda não vem.
E aí começa o inferno:
Teste de headline.
Teste de botão.
Teste de criativo novo.
Surto existencial.
Porque o que parecia ser uma operação redonda, de repente, vira um mistério estatístico. Você olha os dados e pensa: “Não é possível. Isso aqui era pra estar vendendo.”
E então…
Você pluga uma pré-VSL simples.
Dois minutos. Uma história. Uma tensão leve. Um framing emocional.
E BOOM.
As vendas começam a pingar.
Coincidência?
Não.
É comportamento humano.
É neurociência aplicada ao tráfego pago.
Só que quase ninguém fala disso.
Porque não parece sexy. Não vira carrossel no Instagram.
Não tem hack. Não tem fórmula de seis etapas.
Só tem uma verdade dura:
Você não preparou o cérebro do teu lead pro que vinha depois.
Essa edição da BoitãoNews é sobre isso.
Sobre a diferença entre apresentar e preparar.
Entre ter uma oferta e ter o timing emocional certo pra ela.
Talvez o problema nunca tenha sido a sua VSL.
Talvez o problema seja você querer ir direto ao ponto —
quando o ponto ainda nem foi criado na mente do lead.
🔍 O Fenômeno Invisível Que Todo Mundo Vive

Tem uma coisa que pouca gente admite — mas que todo mundo sente:
nem toda campanha que “deveria” estar vendendo... vende.
Você olha pro dashboard e tudo parece saudável:
CTR acima da média;
retenção da VSL de encher os olhos;
tráfego qualificado vindo em massa.
Mas a conversão… trava.
Não é que ninguém compra.
É que compra menos do que deveria.
E isso é ainda mais frustrante do que uma campanha que falha por completo.
Porque você começa a desconfiar da sua própria sanidade.
Será que tô cego? Será que perdi o toque? Será que essa porra foi vôo de galinha?
Só que o buraco é outro.
O que você tá vendo é um fenômeno silencioso — uma fratura entre clique e compra que as métricas padrão não conseguem explicar.
É como se o lead tivesse chegado ao show... mas não tivesse entrado na vibe.
Ele tá lá. Ele assistiu. Ele entendeu.
Mas não sentiu.
E se ele não sentiu, não compra.
Porque no fundo — e isso o mercado ainda tem vergonha de aceitar —
ninguém compra por lógica. Todo mundo compra por convicção emocional.
O problema é que você jogou o pitch na cara dele cedo demais.
Sem aquecer. Sem criar o contexto certo.
Você entregou a proposta antes de criar o clima.
Tipo chegar num date e, no primeiro gole de vinho, mandar:
“E aí, bora casar?”
É por isso que tanta operação trava na hora H.
Não é falha de tráfego. Nem de copy.
É falha de sequência emocional.
🧠 A Psicologia Por Trás do Timing Emocional

A gente fala muito de copy persuasiva, mas quase nunca fala de tempo psicológico.
Só que é aí que mora o pulo do gato.
Você pode ter a melhor VSL do mundo — com gancho poderoso, argumento irrefutável e oferta irresistível — mas se ela for entregue no momento errado da jornada emocional do lead, ela vai falhar.
Simples assim.
Porque o cérebro humano não funciona como um Excel.
Ele funciona como um organismo emocional que precisa de contexto, segurança e narrativa.
A pré-VSL entra exatamente aqui:
como uma ponte de ativação emocional entre o clique e a venda.
Ela cria familiaridade.
Reduz resistência.
E — principalmente — inicia a transferência de intenção.
Sabe aquela sensação de quando um amigo te apresenta alguém numa festa?
É diferente de conhecer alguém do nada.
Porque existe uma camada a mais: confiança emprestada.
A pré-VSL é esse amigo.
Ela chega antes da VSL pra dizer pro lead:
Relaxa. Senta. Escuta. Essa conversa vale teu tempo.
É o aquecimento. O prelúdio. O foreplay.
O momento em que o cérebro ativa o “modo consideração” —
em vez de seguir no piloto automático de rejeição que domina a maioria dos cliques frios.
E não é só feeling, não.
É neurociência.
O cérebro humano opera em dois sistemas (Daniel Kahneman que o diga):
o Sistema 1, rápido, impulsivo, automático;
e o Sistema 2, analítico, reflexivo, mais lento.
Se você joga sua VSL direto no lead sem prepará-lo…
ela entra no Sistema 1.
E o lead rejeita.
Mas quando você aquece com uma boa pré-VSL,
você força uma transição sutil pro Sistema 2 —
e aí ele começa a considerar.
Ou seja:
Pré-VSL não é “flor no jardim do funil”. É chave de ignição da venda.
👀 Quer entender como as decisões de compra nascem antes do lead pensar sobre elas?
Começa por aqui: “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”.
Um manual brutal sobre como emoção vem antes da lógica. Sempre.
🎯 Quando o Problema Não É Sua Oferta, É Sua Sequência

Você sabe quando uma campanha falha mesmo tendo tudo pra dar certo?
Quando você tenta vender antes de preparar.
É como começar um filme pelo clímax.
Como meter o solo de guitarra antes de construir o riff.
Como tentar transar sem beijo.
Funciona?
Às vezes, até vai.
Mas quando não vai… é feio.
Porque no marketing, sequência importa tanto quanto conteúdo.
Não adianta jogar a oferta no colo do lead se ele ainda tá emocionalmente a dois metros de distância.
Oferta boa, mal encaixada, vira ruído.
E é aqui que entra o erro que quase ninguém enxerga:
Você não precisa melhorar o produto.
Nem reescrever a copy.
Nem trocar o expert.
Você só precisa mudar a ordem do funil.
Eu já vi isso em nicho de varizes, próstata, rejuvenescimento…
Casos onde a VSL era forte, o pitch era legítimo e o tráfego era bom.
Mas a conversão só aconteceu quando a gente recuou um passo e colocou uma pré-VSL bem feita pra preparar o terreno.
Porque o lead até queria resolver a dor.
Mas ele não queria ser convencido.
Ele queria ser compreendido primeiro.
E quem entra de cara vendendo, perde essa chance.
A sequência certa faz a oferta parecer inevitável.
A errada faz ela soar agressiva — mesmo que seja boa.
Por isso, antes de sair regravando VSL, testando criativo ou culpando o pixel…
Respira.
Às vezes, o problema não é a mensagem.
É o momento em que você decidiu entregá-la.
📚 Se o seu funil ainda trata o lead como um robô linear, talvez valha uma leitura fora da bolha:
“Hooked – Como Construir Produtos Viciantes” – Nir Eyal
Um livro sobre como criar gatilhos de hábito... mas que diz muito sobre ordem emocional e ritmo de engajamento.
🧭 Os Sinais Que Sua Campanha Está Pedindo Uma Pré-VSL

Tem campanha que não grita “me reescreve”.
Ela grita “me reordena”.
Mas a maioria dos operadores não escuta — porque foi treinada a interpretar métrica como sentença, não como sintoma.
Só que existem sinais claríssimos de que o problema não é a copy, nem o criativo, nem a oferta em si.
É o timing emocional.
Aqui vão os quatro mais recorrentes:
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